Comunicação com a pessoa com a doença de alzheimer

Tem neblina mas também há luz. Procure ajuda.

Com a finalidade de colaborar com os familiares e cuidadores de pessoas com Doença de Alzheimer e outras formas de demência, o Instituto Alzheimer BRASIL – IAB, elaborou uma lista de dicas que podem melhorar sua COMUNICAÇÃO com quem você cuida:

  • Procure falar de modo simples, objetivo e claro. 
  • Para facilitar a comunicação, use frases curtas, diretas e fechadas (sim ou não). 
  • Sempre chegue pela frente para falar com a pessoa e nunca toque nela pelas costas, antes que ela veja você. Pode assustar e ela reagir de modo a se defender de uma imaginada agressão. 
  • Chame a pessoa pelo nome ou apelido que sempre foi acostumada a ouvir. Relembre sempre que puder seu nome. 
  • Não perca a paciência, pois a pessoa poderá ficar resistente a fazer algumas coisas. 
  • Quem tem Doença de Alzheimer repete muitas vezes a mesma história. Não recrimine, nem a avise que acabou de contar o mesmo fato. A pessoa não faz isso porque quer. 
  • Fale com a pessoa e ouça sempre olhando nos olhos, com cordialidade e sem demonstrar pressa ou impaciência. Às vezes é difícil, mas você vai se habituar e perceber que é melhor assim, afinal, quem tem autocontrole e capacidade de se adaptar a novas situações é você que é saudável. 
  • Procure não falar de modo infantilizado, pois a pessoa é adulta, tem uma história de vida que deve ser respeitada. 
  • Aproveite sempre que puder para narrar o que a pessoa está fazendo:

    - A comida está gostosa.
    - A água está morna.
    - O cabelo está bonito.
  • Converse sobre momentos marcantes e felizes da vida da pessoa. Utilizar fotos antigas é uma boa oportunidade disso. Uma comunicação positiva (com humor) diminui sintomas de depressão, angústia e estresse.
  •  Não faça perguntas do tipo, “Qual é o nome dele, lembra?”. Mude para: “Ele é seu irmão José.” Pois essas são perguntas que dependem de um tipo de memória (episódica) que a pessoa já tem comprometida na fase inicial da Doença de Alzheimer, portanto, possivelmente ela vai errar ao responder. 
  • Proporcione oportunidades de acertos à pessoa! Se ela errar, pode afetar sua autoestima, seu sentido de autoeficácia e tornar-se resistente a fazer a atividade ou de conversar com você depois.
  • Dê tempo suficiente para ela responder perguntas que ainda consegue fazer. 
  • Sempre que puder, diga palavras de incentivo: Muito bem! Isto mesmo! Como você está cheirosa depois do banho. 
  • Uma comunicação positiva (com humor) diminui sintomas de depressão, angústia e estresse. 
  • Estimule a pessoa a ouvir músicas de que gostava antes, a cantar, cantarolar, a recordar palavras da música conhecida. 
  • Com a evolução da doença, a pessoa vai falando cada vez menos. Procure prestar mais atenção nos gestos e olhares pois, o corpo fala. Mas ao tentar se comunicar com ela, preste atenção em seu semblante e tom de voz também, para que ela não se sinta ameaçada nem acredite que você esteja zangado (a) com ela.
  • Utilizar frases curtas, simples e diretas, fechadas (sim ou não).